|
|
A INDÚSTRIA DE MEIOS ELETRÔNICOS DE PAGAMENTO debateu a sua evolução e
agenda na trilha Meios de Pagamento do Ciab Febraban 2019, realizado de 11 a 13 de junho,
no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP). Marcelo Kopel, vice-presidente da Abecs
e diretor-executivo para Cartões e Loyalty do Itaú-Unibanco, moderou o painel de abertura
Novas fronteiras para a evolução dos meios de pagamento, que teve a participação de
Fernando Teles, diretor da Abecs e country manager da Visa do Brasil, e de João Pedro
Paro Neto, vice-presidente da Abecs e presidente da Mastercard para o Brasil e Cone Sul.
Os temas centrais foram o crescimento continuado dos meios eletrônicos de pagamento e as
oportunidades, que devem impulsionar a participação do segmento no consumo das famílias
dos atuais 38% para 60% até 2022, segundo objetivo do setor. “Há um grande benefício
para a sociedade em tudo o que estamos fazendo, como a inclusão financeira, o arcabouço
regulatório e a formalização da economia”, destacou Kopel.
Fragmentação e novas fronteiras
Nos últimos anos, a evolução do setor foi marcada pela inclusão, no dia a dia dos
consumidores, de novas tecnologias e soluções. Hoje, a entrada de mais competidores, como
as fintechs, reforça o potencial da indústria. “A fragmentação nos fez chegar onde estamos”,
avaliou Paro Neto. Para ele, essa é uma tendência que faz a eficiência aumentar: ela impõe
mais desafios, como adotar o novo com rapidez.
Por isso, Teles considera fundamental voltar ao básico: aumentar a aceitação dos meios
eletrônicos de pagamento. Daí a importância da conquista de novas fronteiras. “O open
banking, por exemplo, cria modelos de negócio. Ele empodera o consumidor e faz as
grandes instituições repensarem seus modelos”, disse. Já o P2P, segundo Paro Neto,
“vai se desenvolver aqui de uma maneira relevante”.
Os dois executivos também destacaram a entrada dos cartões de débito e de crédito no
transporte público (como no MetrôRio, que passou a aceitá-los) e o futuro do crediário.
“O cartão de crédito tem que ser também um instrumento de crédito, por exemplo. Hoje,
ele é mais um meio de pagamento. Daí a importância do novo crediário”, frisou Paro Neto.
E o debate não poderia acabar sem menção ao débito, que trilha novos caminhos nas
operações não-presentes.
“No fim do dia, o consumidor é soberano. É ele quem escolhe como pagar”, concluiu Kopel.
|
|
|
|
|
O momento do contactless
O painel Contactless: a expansão dos pagamentos por aproximação deu segmento à trilha
Meios de Pagamento. Silvio Cesar Santana, vice-presidente de Negócios e Marketing da
Getnet, moderou o debate entre Alessandro Rabelo, diretor-executivo de Produtos da Visa
do Brasil; Guilherme Ramalho, presidente do MetrôRio; e Paulo Frossard, vice-presidente
de Novos Negócios da Mastercard para Brasil e Cone Sul. Todos coincidiram que a massificação
das transações sem contato por meio da tecnologia NFC passa pela educação de comerciantes
e da população, pela consolidação de novos hábitos e pela maior emissão de cartões com a
solução. Potencial não falta: dos cerca de 5 mil municípios do país, 4 mil têm pelo menos uma
transação contactless registrada, segundo dados da Mastercard.
A segurança na base
Na sequência, o painel Segurança nos pagamentos digitais - Inteligência artificial na prevenção
a fraudes e na inclusão digital teve Rodrigo Cury, diretor da Abecs e diretor de Cartões e
Pagamentos do Santander, como moderador do debate entre Edson Ortega, diretor-executivo
de Risco da Visa do Brasil, e Renato Ottoni, diretor de Cyber & Intelligence da Mastercard
Brasil. “A migração de hábitos de compra do mundo físico para o on-line mudou o perfil das
fraudes. É um assunto de segurança pública, e não de quem assume as perdas”, disse Cury.
No debate, ficou evidente o compromisso da indústria com as operações cada vez mais
seguras por meio de inovações, como a biometria, dados comportamentais, novos protocolos
(como o 3DS 2.0) e a adoção de inteligência artificial na prevenção às fraudes.
Inclusão financeira pelas fintechs
No segundo dia da trilha, a palestra Inclusão financeira e tendências de meios de pagamento
na América Latina explorou as diferentes ferramentas de acesso às soluções e tecnologias
do setor, além de destacar o claro desafio das fintechs de ganharem espaço nesta indústria,
apesar do desconhecimento da sua atuação por parte de muitos consumidores. “O surgimento
e o crescimento destas empresas é cada vez maior, o que gera oportunidades. Porém, as
contas digitais, por exemplo, ainda são vistas como uma segunda opção, principalmente por
quem já tem conta em banco. Há aí um grande desafio”, disse Júlio César Volpp Sierra,
diretor da Abecs e vice-presidente de Produtos de Varejo da Caixa Econômica Federal, que
moderou o debate entre Kerman Ispizua, Payment Solutions Specialist da Minsait (Indra), e
Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
Revolução no varejo e o consumidor
A transformação que os novos meios de pagamento promovem no varejo foi o tema do painel
Inovação do varejo pede passagem: como a indústria de meios de pagamento viabiliza uma
nova experiência no ponto de venda. A sessão reforçou o papel cada vez mais estratégico
do adquirente na parceria com o varejista, tornando a experiência de compra um diferencial
competitivo. O debate, último da trilha Meios de Pagamento do Ciab Febraban 2019, foi
moderado por Fernando Pantaleão, vice-presidente de Vendas e Soluções para Comércios
da Visa, e teve a participação de Danilo Zimmermann, VP de TI e Projetos da Cielo; Marcos
Magalhães, diretor da Abecs e diretor-presidente da Rede; e Ricardo Bechara, diretor de
Expansão e cofundador da Rappi do Brasil. “Estamos escrevendo a história dos próximos anos
da nossa indústria. E repactuando a relação de parceria com os lojistas e de empoderamento
do consumidor”, disse Magalhães.
|
|
|
PARA CRÍTICAS E/OU SUGESTÕES, ENVIE UM E-MAIL PARA panorama@abecs.org.br
Publicação digital da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) dirigida a seus associados.
© 2018 Todos os direitos reservados. O conteúdo desta newsletter não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído sem autorização prévia. Produção: PROS - People Relations Agency
|